Já ouvi muitos comentários sobre a história de que antes a escola era boa. Por vezes a justificativa para essa afirmação era que a escola era não inclusiva e, de certa forma, socialmente segregadora.
Porém esse argumento é um tanto equivocado visto que existiam escolas, inclusive públicas, com presença de alunos com necessidades especiais. Sem dúvida, a presença desses alunos nas escolas aumentou significativamente, mas esse não é o motivo para a mudança na escola.
O que se observa é uma gradativa deterioração nas metodologias de ensino e aprendizagem. As tarefas são cada vez mais fáceis e a exigência cada vez menor. Isso não é adaptação, é descumprimento do dever de professor.
Quando se fala em língua materna, o ser aprende sem formalização a língua materna de forma natural, simplesmente por estar inserido em um meio onde as pessoas falam.
Isso acontece com a língua que está no seu entorno, para aprender qualquer outra língua extremamente difícil. É necessário estudar e quebrar a cabeça. Mesmo assim pode não ser possível para alguns.
Quando o aprendizado é relacionado ao escrever, as coisas são um pouco diferentes, pois escrever é algo que não está geneticamente embutido no nosso DNA.
Diferentemente da língua materna, não é trivialmente possível aprender a escrever apenas estando em um meio em que outras pessoas escrevem.
Se a questão é o ensino e a aprendizagem da matemática a situação se agrava ainda mais. A aprendizagem da matemática está diretamente ligada a ação do aluno. Para aprender matemática é preciso fazer, é preciso se esforçar.
É nesse ponto que muitos alunos desistem da matemática simplesmente por preguiça, por inércia, por não ter ninguém para tirá-lo da zona de conforto.
Sendo assim, cabe ao professor de matemática fazer algo mais que dar aulas de matemática. O professor de matemática precisa exigir sem perder a doçura e fazer com que cada aluno se sinta capaz e motivado à aprender matemática.
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