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Aprender exige esforço

Tempo de leitura: 2 min

Escrito por Apolo Rubens Chalababa

Aprender exige esforço

Diferentemente da língua materna, não é trivialmente possível aprender a escrever apenas estando em um meio em que outras pessoas escrevem. Aprender exige esforço. 

Talvez uma ou outra criança extremamente inteligente consiga aprender a se alfabetizar simplesmente estando inserida em um meio onde as pessoas são alfabetizadas, mas isso é uma expressão de um superdotado que quase não precisa de ajuda e aprende sozinho.

O ser humano mediano não vai se tornar alfabetizado sem um esforço real muito forte.

Um cenário educacional em que não se pode forçar nada no aluno e se tem que esperar a vontade do aluno gera, simplesmente, analfabetismo estrutural.

No Brasil, desde que “inventaram” que não precisava ter um método claro para uma criança aprender, problemas terríveis começaram a aparecer nas escolas primárias e isso tem se agravado.

O professor não pode simplesmente ficar passivo com relação aos alunos que não querem aprender e passam progressivamente para as séries seguintes. Esperar que as coisas funcionem de um jeito pretensamente correto e espontâneo é um grande equívoco. 

Na escola, algumas escolhas não são dos alunos. Considerando que aprender exige esforço e diante da diversidade das salas de aula, exigir a mesma coisa de todos os alunos é algo que beira o absurdo, mas exigir algum esforço de cada um é obrigação de qualquer professor das escolas primárias. 

Talvez, na universidade, a autonomia de algumas escolhas passam a ser dos alunos, mas mesmo assim é questionável que alguns professores exerçam apenas a função de dar aulas. 

É inegável que a evasão universitária, principalmente das universidades públicas, diminuiria se os alguns docentes adquirissem características pedagógicas de professores primários.

Uma escola que passa alunos que não demonstram um único esforço durante o ano letivo está ensinando o que para esse aluno e para sociedade? Qual a responsabilidade que esse aluno terá após passar pela escola?

É necessário entender os problemas e não definir que eles não devem existir.  

Do ponto de vista da história, para aprender matemática tem que ter um mínimo de pragmatismo e sobretudo esforço para entender os problemas. Se os problemas são compreendidos poderão ser resolvidos.

Não adianta uma boa vontade teórica. Os problemas são pragmáticos.

Leia o artigo “Brincadeiras que ajudam a aprender matemática” clicando aqui.

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